quinta-feira, 7 de outubro de 2010

FIRENZE, DIA 1

28.09.2010 – FIRENZE, EBA!

Acordei as 5 e pouquinho pra chegar as 6h10 no Termini para ir pra Florença. O trem saía as 6h35, e foi britanicamente pontual. Essa era a minha primeira viagem de trem, e o vagão era tipo Harry Potter: 3 assentos lado a lado, virados de frente para outros 3 assentos, faziam uma cabine dentro do vagão, e tinha um corredorzinho do lado. Faltou só passar alguém vendendo balinhas malucas. Durmi a viagem inteira, toda torta e desconfortável, e mau aproveitei a vista. Grande erro, mas o sono foi mais forte do que eu.

Chegamos em Firenze, a Didi nos esperava na estação. Pegamos um ônibus, logo chegamos na casa dela, e logo saímos para passear. Passamos por um jardim bonito e um caminho bem prazeroso para chegar até o centro da cidade, aonde tudo acontece. Lá tem muitos turistas correndo para todos os lados, tem muitas lojas caras, muita coisa de couro, muita história de muitas épocas, tudo misturado. A cidade não é a recordação de um passado glorioso, não é o retrato do puro presente, é o resultado do que aconteceu naquele espaço em milhares de anos. Parece que tem espaço para todo mundo, para tudo o que aconteceu. Na verdade nem tem tanto espaço assim, mas as coisas convivem em harmonia, são épocas diferentes compartilhando o espaço, é bem legal.

Fachada principal e torre
Claro, fomos direto pra Santa Maria Del Fiore, sem dúvida nenhuma. A Igreja é estupidamente grande, assim como o campanário de Giotto (aquela torre do lado direito da catedral) e o Batistério, lindamente ornamentados em mármore branco, verde e rosa. A cúpula é estupidamente grande, estúpidamente alta. Parece quando a gente é burro e faz uma maquete com o entorno em uma escala e o prédio em outra na madrugada da véspera da entrega de projeto, e aí apresenta pro professor fingindo que não tem nada de errado. Mas aqui parece certo, não sei. Não tem muito espaço ao redor da igreja, como o grande jardim que tem em Pisa, então a igreja simplismente não cabia na lente da máquina, só deu pra fotografar pedacinhos dela.

A primeira vista.
















Olha a fachada da catedral lá embaixo!
Não cogitamos entrar na Igreja porque por dentro ela nem é tãaaaaao grandiosa como é por fora, então o que ia ser legal mesmo é subir na cúpula, e ficar pertinho dos afrescos da cúpula  (que são de Vasari, e alguns outros artistas/arquitetos/escultores/matemáticos/tudo), conhecer um pouco melhor sobre a construção que o Brunelleschi inventou e tal, era um passeio muito mais interessante. Pois bem, subimos. Foi demais! Lá em cima, quando nós olhávamos as pessoas na rua, elas eram quase como formiguinhas. A grandiosidade da cúpula foi construída sobre o esforço interminável dos construtores, com cuidado e perfeição. Porque não existem mais pedreiros assim? Porque eles faziam tanta coisa tão bem feita e a gente vê um monte de construção meleca? Nós devíamos nos envergonhar as vezes das coisas que fazemos, do descaso das construções com as pessoas, é quase um desrespeito! 


Palazzo Vecchio ao fundo

A saída da cúpula

Depois de muitas, muitas e muitas fotos, fomos ver o Palazzo Vecchio, palácio que foi mandado construir para proteger os nobres, e que ao longo do tempo sofreu muitas ampliações, que são bem visíveis. Hoje é aonde fica o prefeito da cidade. Logo na entrada do palácio podemos ver a réplica do David de Michelângelo, que é de tirar o fôlego, mesmo sendo uma réplica. Íamos na Galeria Degli Ufizzi, mas a fila estava enorme e decidimos deixar para o dia seguinte. Fomos então para o Palazzo Pitti, que tem um jardim que a Fabíola disse ser lindo, mas não entramos para ver. No caminho, andamos pela Ponte Vecchio e todo o seu glamour de lojinhas que vendem jóias de ouro.

Palazzo Vecchio

Ponte Vecchio

Palazzo Pitti





Palazzo Vecchio, aparecendo pela cidade.
























Na verdade, antes, na ponte tinham muitos açogueiros. Como os Médicis passavam por lá todos os dias, e não curtiam muito o cheirinho de carne nem a sujeira dos restos dos animais que eram jogados no rio, eles decretaram que na ponte só poderia se vender ouro, e deram um pé na bunda dos açogueiros. Coitadinhos! Além disso, na segunda guerra mundial, essa foi a única ponte que não foi destruída, e era o contato de Firenze com o mundo, e por onde chegavam alimentos, remédios e tal. Muito legal a ponte, e muito fotogênica também. 

Saindo do Palazzo Pitti, tentamos ir na Igreja Santa Croce, mas ela tinha fechado 10 minutos antes de chegarmos. Perdemos, fomos ver o início por do sol no rio, e foi bem gostoso. Voltamos para a cidade, procuramos uns casacos, luvas e tal nas lojas, e voltamos para casa. 


Igreja Santa Croce

Início do por do sol no rio Arno

Entardeceu, e o sino não parava de tocar.
Lá, fizemos um delicioso piquenique no chão do quarto da Didi, com 1,5L de vinho à 3 euros e queijo brie a 2 euros! Depois a gente durmiu, para acordar cedo no dia seguinte e aproveitar bastante!


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