28.09.2010 – FIRENZE, EBA!
Acordei as 5 e pouquinho pra chegar as 6h10 no Termini para ir pra Florença. O trem saía as 6h35, e foi britanicamente pontual. Essa era a minha primeira viagem de trem, e o vagão era tipo Harry Potter: 3 assentos lado a lado, virados de frente para outros 3 assentos, faziam uma cabine dentro do vagão, e tinha um corredorzinho do lado. Faltou só passar alguém vendendo balinhas malucas. Durmi a viagem inteira, toda torta e desconfortável, e mau aproveitei a vista. Grande erro, mas o sono foi mais forte do que eu.
Chegamos em Firenze, a Didi nos esperava na estação. Pegamos um ônibus, logo chegamos na casa dela, e logo saímos para passear. Passamos por um jardim bonito e um caminho bem prazeroso para chegar até o centro da cidade, aonde tudo acontece. Lá tem muitos turistas correndo para todos os lados, tem muitas lojas caras, muita coisa de couro, muita história de muitas épocas, tudo misturado. A cidade não é a recordação de um passado glorioso, não é o retrato do puro presente, é o resultado do que aconteceu naquele espaço em milhares de anos. Parece que tem espaço para todo mundo, para tudo o que aconteceu. Na verdade nem tem tanto espaço assim, mas as coisas convivem em harmonia, são épocas diferentes compartilhando o espaço, é bem legal.
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Fachada principal e torre |
Claro, fomos direto pra Santa Maria Del Fiore, sem dúvida nenhuma. A Igreja é estupidamente grande, assim como o campanário de Giotto (aquela torre do lado direito da catedral) e o Batistério, lindamente ornamentados em mármore branco, verde e rosa. A cúpula é estupidamente grande, estúpidamente alta. Parece quando a gente é burro e faz uma maquete com o entorno em uma escala e o prédio em outra na madrugada da véspera da entrega de projeto, e aí apresenta pro professor fingindo que não tem nada de errado. Mas aqui parece certo, não sei. Não tem muito espaço ao redor da igreja, como o grande jardim que tem em Pisa, então a igreja simplismente não cabia na lente da máquina, só deu pra fotografar pedacinhos dela.
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A primeira vista. |
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Olha a fachada da catedral lá embaixo! |
Não cogitamos entrar na Igreja porque por dentro ela nem é tãaaaaao grandiosa como é por fora, então o que ia ser legal mesmo é subir na cúpula, e ficar pertinho dos afrescos da cúpula (que são de Vasari, e alguns outros artistas/arquitetos/escultores/matemáticos/tudo), conhecer um pouco melhor sobre a construção que o Brunelleschi inventou e tal, era um passeio muito mais interessante. Pois bem, subimos. Foi demais! Lá em cima, quando nós olhávamos as pessoas na rua, elas eram quase como formiguinhas. A grandiosidade da cúpula foi construída sobre o esforço interminável dos construtores, com cuidado e perfeição. Porque não existem mais pedreiros assim? Porque eles faziam tanta coisa tão bem feita e a gente vê um monte de construção meleca? Nós devíamos nos envergonhar as vezes das coisas que fazemos, do descaso das construções com as pessoas, é quase um desrespeito!
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Palazzo Vecchio ao fundo |
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A saída da cúpula |
Depois de muitas, muitas e muitas fotos, fomos ver o Palazzo Vecchio, palácio que foi mandado construir para proteger os nobres, e que ao longo do tempo sofreu muitas ampliações, que são bem visíveis. Hoje é aonde fica o prefeito da cidade. Logo na entrada do palácio podemos ver a réplica do David de Michelângelo, que é de tirar o fôlego, mesmo sendo uma réplica. Íamos na Galeria Degli Ufizzi, mas a fila estava enorme e decidimos deixar para o dia seguinte. Fomos então para o Palazzo Pitti, que tem um jardim que a Fabíola disse ser lindo, mas não entramos para ver. No caminho, andamos pela Ponte Vecchio e todo o seu glamour de lojinhas que vendem jóias de ouro.
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Palazzo Vecchio |
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Ponte Vecchio |
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Palazzo Pitti
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Palazzo Vecchio, aparecendo pela cidade. |
Na verdade, antes, na ponte tinham muitos açogueiros. Como os Médicis passavam por lá todos os dias, e não curtiam muito o cheirinho de carne nem a sujeira dos restos dos animais que eram jogados no rio, eles decretaram que na ponte só poderia se vender ouro, e deram um pé na bunda dos açogueiros. Coitadinhos! Além disso, na segunda guerra mundial, essa foi a única ponte que não foi destruída, e era o contato de Firenze com o mundo, e por onde chegavam alimentos, remédios e tal. Muito legal a ponte, e muito fotogênica também.
Saindo do Palazzo Pitti, tentamos ir na Igreja Santa Croce, mas ela tinha fechado 10 minutos antes de chegarmos. Perdemos, fomos ver o início por do sol no rio, e foi bem gostoso. Voltamos para a cidade, procuramos uns casacos, luvas e tal nas lojas, e voltamos para casa.
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Igreja Santa Croce |
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Início do por do sol no rio Arno |
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Entardeceu, e o sino não parava de tocar. |
Lá, fizemos um delicioso piquenique no chão do quarto da Didi, com 1,5L de vinho à 3 euros e queijo brie a 2 euros! Depois a gente durmiu, para acordar cedo no dia seguinte e aproveitar bastante!
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