sábado, 9 de outubro de 2010

PERUADA ITALIANA

03.10.2010 – VIAGEM À MARINO

Acordei cedinho, e o marconzis ainda estava dormindo. Enquanto ele estava na preguicinha matinal dele, eu preparei um café da manhã bem gostoso e tal. 

Comemos, vestimos roupas escuras para não sujarmos roupas brancas, e partimos para a viagem para marino. Nós devíamos nos encontrar com os ERASMUS às 11h00 no metrô, e então saímos de casa as 10h10, para não nos atrasarmos. Claro, não contávamos com a estúcia da estação Termini nas nossas vidas! Como diz o marcon, a tradução de Termini é Sé. Meu deus, sabe, domingo, 10 da manhã, que inferno os italianos vão fazer para lotar tanto assim o metro? Que inferno os italianos engenheiros tinham na cabeça quando fizeram a estação mais importante da cidade, que mais parece caminho de minhoca?

Enfim, passada a revolta por termos atrasado 20 minutos por causa de uma baldeação idiota, nos encontramos com todo mundo e pegamos o ônibus para a viagem, que durou ridículos 30 minutos ( menos do que eu levei da minha casa até o ponto de encontro..)! Chegando na cidade, que era pequenininha, vimos a famigerada fonte, meio brega na verdade, toda ornamentada com uvinhas deliciosas.

O Marcon sempre briga comigo quando eu digo isso, mas a festa mais parecia uma peruada gigante. Tudo bem, tava cheio de famílias, barraquinhas de comida, era uma coisa mais organizada e menos maluca que a peruada. Afinal, aquilo era uma festa da cidade, e não uma peruada, dã. Mas o fato de estar cheio de estudantes, todos bêbados, com bebidas surgindo do nada e pessoas desconhecidas sendo BFF’s sem nenhum motivo, faz com que eu diga com propriedade que nós estávamos em uma festa meio peruada.

A cidade era cheia de vielinhas pequenininhas, e em várias delas tinha bandas tocando músicas típicas italianas, com pessoas vestidas à caráter e dançando muito. Era meio surreal, à noite, as pessoas dançando, uma luz cenográfica nas vielas pequenininhas, e todo mundo bêbado. Divertido.

As 17h00 era o ápice da programação da festa: depois de uns atores vestidos de rei/rainha/princesa/sei lá passarem pela fonte, ela iria parar de dar água (água com gás. Sim, as fontes da cidade dão água com gás, fedida e estranha..) e ia começar a dar vinho! Na verdade, quando eu ouvi sobre essa festa, eu imaginei bêbados com a boca embaixo da fonte, nadando no vinho e coisas bem malucas. Na verdade, a fonte estava com uma proteção, e para dentro dessa proteção só podia entrar os caras da organização. Aí, você dava o seu copinho para o moço e ele enchia de vinho e te devolvia. Seria bem mais engraçado os bêbados lá muito doidos nadando no vinho, mas enfim...

Quando a fonte começou a dar vinho, eles distribuíram também as uvas que estavam ornamentando a fonte. O vinho era a maior meleca, e tinha uma guerra infinita para conseguir encher o seu copinho. Porém, a uva era sensacionalmente deliciosa, e tinha uma guerra igual para conseguir pegar um galho. Claro, eu, pequenininha e tímidamente sóbria, não consegui pegar nenhum dos dois. Me restou ir atrás de italianos bêbados e desconhecidos atrás de uvas. Deu certo, consegui umas pouquinhas.

Quanto à comida, bom, pra variar um pouquinho, era bem gostoso. Eu comi um pão com salsicha. Parece idiota, mas era aqueles pães redondinhos fofinhos e sensacionais, e a salsicha era tipo um hambúrguer, com uma carne qualquer que era mó gostosa. Aqui, a salsicha que a gente conhece  tem um outro nome, mas eu obviamente esqueci.

Voltamos para casa à tempo de pegar o metrô antes dele fechar, chegamos em casa meio tontinhos ainda, e morremos. 

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