06.10.2010 – DIA DA PREGUIÇA
Acordei as 10, fingindo que eu estava cheia de energia e esbanjando saúde (claro que estou doente como nunca, ou como sempre, desde que eu voltei de Florença). Deixei o Marconzis curtindo a preguiça dele e fui ao Temini (Sé, para os íntimos), ver quanto custava umas passagens de trem, e ir em uma loja de cacarecos de imigrantes fedidões, à procura de um shampoo barato. Claro, com os imigrantes fedidões sempre dá samba, aí eu encontrei o shampoo, fui feliz e tal, e depois eu fui encontrar todo mundo no bandeijão lá na FEA dos romanos.
Saindo do bandeijão, passamos na “atlética erasmus” e pagamos um jantar que vai ter amanhã em uma cidade pertinho de Roma, que chama Ariccia. Dizem que vamos comer e beber à vontade. À conferir.
De lá o Marcon e eu voltamos para casa, em silêncio, cada um curtindo a sua dor e a sua doença. Chegando em casa a gente começou com a piração de resolver a nossa viagem de ano novo, e ficamos no computador vendo esses detalhes até de madrugadona.
Primeiro, a gente tinha feito um roteiro sensacional que era Budapeste – Bratislava – Praga ( ano novo) – Dresden – Leipzig – Varsóvia – Aushwitz – cracóvia – Roma. Ia ser uma viagem demais pro leste europeu, só ia faltar Viena.
Depois de pesquisar o preço de todas as passagens, ver os dias e tudo mais, contar albergue e comida, chegamos à conclusão que essa viagem sairia quase 900 euros. Bom, depois de muitas horas perdidas, claro que desistimos, e resolvemos voltar para o mundo real, para fazer uma viagem mais econômica. O marcon continuou lá pesquisando, e eu, depois da decepção dos 900 euros, resolvi durmir.
Obs.: depois a gente descobriu que dá pra ir de uma cidade para outra de ônibus e fica bem mais barato do que ir de trem, mas aí a gente já tinha desistido mesmo, então já era.
07.10.2010 – JANTAR EM ARICCIA
Acordei as 9, arrumei umas baguncinhas do meu quarto e comecei a ver umas passagens, umas coisinhas na internet. Mudamos o roteiro, e fizemos um outro bem mais econômico e legal também: Bratislava – Praga (ano novo) – Berlim – Copenhagen. Tristeza por Budapeste e a cracóvia que foram cortadas, mas eu ainda faço essa viagem em outra hora, junto com Viena.
Ficamos nessa de preguicinha e internet até anoitecer, quando fomos encontrar os Erasmus para o tal jantar em Ariccia. A cidade não era tão perto quanto Marino, mas com certeza era mais perto do que a zona Leste da minha casa.
Não demorou nem 45 minutos para chegar lá, e pegamos trânsito. A cidade parecia bem bonitinha, mesmo! Mas como era de noite e a iluminação não era tão elaborada quanto a dos pontos turísticos de Roma, não deu pra ver muita coisa. Pena, porque eu sei lá se eu volto pra essa cidade alguma vez. Pena que eu não levei a câmera também, eu to pecando na falta de fotos, eu sei. Mas não seria muito prudente levar a câmera para um jantar aonde eu ia comer e beber à vontade né, sabe-se lá como eu ia sair daquele restaurante..
Enfim, chegamos no lugar e tivemos a primeira boa surpresa: os organizadores do jantar fizeram papeizinhos com o nome de cada pessoa, e organizaram os lugares na mesa para as pessoas de mesma nacionalidade não ficarem perto, assim todo mundo ia conhecer pessoas novas. Foi bem legal, tinha uma alemã do meu lado, uma mocinha da Bulgária do outro, um espanhol do lado da menina da Bulgária, um italiano na minha frente, uma francesa na diagonal e tal. Deu pra conversar bastante e fazer muita festa, e curtir a valer com muita confusão, com essa turminha do barulho...
O jantar foi bem uma caricatura dos italianos. Na verdade, os italianos que puxavam a festa e a gente seguia. Eles ensinavam música, viravam o copo de vinho para depois a gente fazer igual, gritavam quando a comida acabava, até uns pedaços de pão saíram voando entre as mesas. Os espanhóis, que são os erasmus em maior número, também ensinaram umas musiquinhas e tal, e quando eles falavam, o Olé fazia questão de levantar a mãozinha e fazer um 5, de 5 vezes campeão. Os espanhóis estão até agora meio eufóricos com a copa do mundo, mas coitadinhos né, eles só ganharam 1 vez, e a gente já até banalizou a conquista, de tantas vezes que ganhamos. Tinha um cara lá que até tinha uma tatuagem da taça na perna, horrível, por sinal. Sorte do cara que ele é muito gente boa...
hum, que beleza.. |
Já que vai tatuar a taça, que faça direito né espanhol... |
Bom, a comida: de novo, para variar, era uma delícia. O pão era muuuito gostoso, e tinha o prato típico que era a porchetta, um porquinho pequenininho que era feito inteiro, tipo aqueles porcos que vão para o forno com a maçã na boca. Me perdoem os que acham isso nojentinho, mas a carne era muuuuito gostosa, e vinha cortada, o que fazia toda a diferença né, afinal cortar a carne, vendo o porquinho ali ser dilacerado é que não é muito gostoso..
Fora a porchetta tinha salames, e presunto de Parma, e queijinhos, e vinhos e tal. Claro, eu queimei a largada e me empanturrei dessas delícias e depois não consegui comer a pasta, mas tudo bem. O vinho, bom, a mesa do Dragoni vivia reclamando (reclamando = bater o garfo na garrafa vazia e gritar) que o vinho deles tinha acabado, mas na minha mesa ele chegava meio que por geração espontânea. Aí, sabe como é, come come, bebe bebe, amigos de outras nacionalidades, ninguém fala super bem, bebe bebe, come come e tal. Aí, saímos todos bêbados de lá e viemos cantando no ônibus de volta, arrasando no entrosamento vocal!
De lá, fomos para uma balada, porque festa pouca é bobagem, e ficamos
dançando e sendo felizes até ficar bem tardão. Quando resolvemos ir embora, não sabíamos o caminho, mas sabíamos que estávamos perto do Termini. Ai teve uma hora que o Marcon perguntou pro lixeiro que estava na rua como fazíamos para ir ao Termini. Quando, no Brasil, de madrugada, um turista meio alterado pergunta para alguém na rua como chega no lugar mais óbvio da cidade e não é roubado, ou no mínimo zoado?
Enfim, nada disso aconteceu, e nós andamos felizes e contentes pelas tranqüilas ruas de Roma durante a madrugada, novamente. Só serviu para reforçar a minha opinião que Roma de madrugada é bem mais legal do que durante o dia, no meio da multidão.
Chegamos em casa tarde, e morremos.
Gabi, qdo eu tava por aí, fiz uma viagem que era Budapeste, Praga, Viena, Salzburg, Oberalm, Linz, Munique e Berlin (nessa ordem). Ficamos uns 20 dias viajando e gastamos ~600 euros. Entre as cidades vale a pena qse sempre ir de onibus de madrugada. Budapeste vale muito a pena, tenta não cortar ela do tour.... hehhee... Salzburg, Oberalm e Linz a gente meio que foi pq tinha lugar pra ficar... Salzburg é linda linda linda, mas se vc não tiver com tempo e dinheiro não vá. A áustria é meio cara no geral.... albergue, comida, transporte.... tenho os nomes dos albergues q a gente ficou... todos bons...
ResponderExcluirbjos
Ga, vc sabe que dá pra ver os preços das passagens de trem pela internet né? e reservar, ver horário tudo... www.tremitalia.it
ResponderExcluirhttp://www.eurolines.com/
http://www.tgv-europe.com
http://www.eurail.com/
bom, tem mais um milhão de sites de cada país.... da uma olhada aí o que é útil, ou não...
é, não adianta nem brigar por budapeste, se não essa viagem vai virar uma guerra mundial aqui em casa. Viena, budapeste, cracóvia e varsóvia vão ficar pra próxima viagem... triste
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