27.10.2010 – Pádova
Depois de 2 dias descansando e organizando a logística das próximas viagens, estou pronta para mais uma viagem em terras italianas! Os destinos dessa vez serão: Pádova-Veneza-Verona. Eu vou ver o mar Adriático, a Bienal de arquitetura, a casa do Romeu e Julieta e tudo mais o que eu nem imagino que possa ter nessas cidades!
A viagem começou as 00h40 com o trem que foi para Bolonha. De Bolonha, nós pegamos outro trem que foi até Pádova. No total, foram mais de 6 horas de viagem. Tudo seria ótimo, se não fosse pelo terrível chulé do amigão da nossa cabine, no trem Roma-Bolonha! Meu deeeus! Não dava para pensar em outra coisa, aquele cheiro insuportável entrou em mim e não ia mais embora! O pior de tudo foi que ele foi legal e colocou o sapato assim que a gente entrou na cabine, mas aí o estrago já estava feito. A Johnsons podia fazer uns talcos poderosos para os amigos europeus...
Chegando em Pádova, tivemos a primeira surpresa, logo ao sair do trem: FRIO! Faziam insuportáveis 6 graus, e nenhum dos 3 tinha pensado no frio, e ninguém tinha um casaco bom! Eu comprei uma meia calça logo ali, que foi mais ou menos suficiente para suportar o frio, junto com um montão de roupa, uma por cima da outra...
O Marcon tinha que ver um negócio na prefeitura de Pádova, então lá foi a primeira parada. Como a cidade é pequena, dava para fazer tudo a pé, e aí nós descobrimos que Pádova é linda, e é a cidade mais “moderna” que eu vi até agora. Muitos prédios são recentes, e bonitos. A cidade é limpa e bem organizada, muito legal!
Diz, na plaquinha, que este foi o primeiro relógio da Itália. |
Da prefeitura, nós fomos para uma grande praça em formato de pizza. Ela era bem legal, com um espaço livre enorme em torno dela, um canal circundando a praça, e um montão de estátuas nas duas margens do canal. A praça tinha duas vias que se cruzavam no centro da praça, aonde tinha uma fonte muito agradável, e um solzinho que prendeu a gente por alguns minutos até a gente se aquecer um pouco.
Ponte para acessar a praça. |
estátuas que não acabam mais. |
A catedral da cidade era ali pertinho, então essa foi a próxima parada. A Basílica se chama Basílica Di Santa Giustina, e é grandona e bonitona, grande novidade. Mas confesso que essa igreja foi uma das menos trabalhadas que eu vi até agora, vai ver porque ela é um pouco mais recente, e já tinha passado a ondinha de competição entre cidades, para ver quem tinha a igreja mais bonita. Vai saber...
Saindo da igreja, nós fomos para um parque que margeia o rio da cidade. O rio não é muito bonito, ele é bem turvo, mas o parque é lindo! Ele tinha aquelas árvores que ficam sensacionais no outono, e estava todo cheio de cores bonitas, que fotografavam muito bem com o céu azul. Só depois de chegar em Roma eu percebi que em Pádova eu praticamente só tirei fotos de árvores. Eu devia ter tirado fotos de outras coisas, mas as árvores realmente me chamaram a atenção, então, desculpa!
IÊ! Cores, outono, e tal.. |
Depois do parque, nós paramos em uma outra igrejinha que tinha no caminho. Não anotei o nome dela (mandei mau, de novo), mas com certeza esse foi o momento que calou todos nós. A igreja tinha em suas paredes placas de mármore com nomes de pessoas, e lendo a plaquinha nós descobrimos que embaixo da igreja estão enterradas muitas, MUITAS ( não lembro o número, mas eram muitas mesmo) pessoas que morreram durante a guerra, nos bombardeios à cidade. O que veio na minha cabeça foi a imagem da cidade destruída e daquele lugar como uma vala comum, aonde eram colocadas todas as pessoas mortas. Depois do fim da guerra, foi constuída uma igreja lá em homenagem aos mortos, com uma pequena lápide para cada um nas paredes. Assustador, e chocante. Depois disso a gente foi meio em silêncio até a estação de trem.
Na estação, pegamos um trem para Veneza, e mais uma vez uma pessoa muito maluca sentou do nosso lado. Dessa vez era um senhor, que claramente não queria ninguém sentado do lado dele. Mas lá era o único lugar com 3 assentos vagos, aí eu pedi para ele tirar o casaco dele de um assento para o Marcon sentar. Aí, depois que todos estavam acomodados, ele começou a fazer barulhos muito estranhos! “grrr, grrr, gruuuhhh, mmm, grr”.....”lalalá, lalaraláaaaa”... e por aí vai. Nós 3, claro, rimos na cara dele, e aí ele intensificou os barulhos, e deu umas olhadas bem desejosas para o nosso biscoitinho. Hahaha foi engraçado, mas só porque foram 40 minutos de viagem, porque se fosse um pouco mais, a Leti ia dar um soco na cara dele (lembrando que a Leti era a única coitadinha que estava sem o iPod, então ela ouviu por mais tempo e com mais clareza as rosnadas do senhor malucão).
Chegamos em Veneza e ainda era de dia. Como eu tirei muitas fotos em Veneza, eu vou parar esse dia por aqui e juntar tudo de Veneza em dois posts, um para cada dia. Mas aí eu vou fazer um pouco diferente, vou colocar um montão de imagens e ir escrevendo na legenda. Como tem muita coisa para dizer e uma imagem vale mais do que mil palavras, resolvi economizar nas palavras e contrar uma foto-história para vocês.
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