05.11.2010 –Pompéia
Acordei cedo, encontrei todo mundo no metrô Rebibia, e não preciso nem contar que a baldeação na Sé, ops, Termini, foi a maior dor de cabeça. Esta vai ser a primeira vez que eu vou estar com os Erasmus e sem o Marcon, acho que vai ser bem gostoso finalmente estar sozinha, sem ninguém para me ajudar sempre. Nós nos encontramos bem cedinho, e fomos de ônibus para Pompéia, pertinho de Nápoli, a umas 2h30 de Roma. Estavam uns 50 Erasmus e mais 2 organizadores, também da nossa idade. Na ida todos queriam durmir, mas aí a Elisa, uma das organizadoras, colocou música de balada no ônibus as 8 da manhã. Claro, ninguém ficou feliz, mas fomos com essa música até Pompéia.
O Dragoni fez uma linda conclusão sobre músicas de balada: “entendi porque ninguém dorme na balada: porque só toca esse inferno de música!”. Bom, ele não foi o único que não ficou muito feliz com a animação da Elisa logo pela manhã, mas deixa pra lá!
Chegamos na hora do almoço, passamos no mercado e almoçamos panini e vinho. Fomos para o parque arqueológico de Pompéia, e logo na entrada decidimos fazer uma visita guiada, e foi super legal.
Pompéia foi uma cidade média do Império Romano, que foi destruída em 79 d.C por uma erupção do vulcão Vesúvio. Antes de explodir e jogar um monte de lava e pedras por aí, o vulcão soltou cinzas, que matou quase todo mundo, e fez com que a cidade ficasse deserta, sobrando nela quase que somente os animais e os escravos. Daí, o vulcão explodiu (é, ele não só entrou em erupção, ele explodiu, e foi bem violento tendo em vista que não sobrou quase nada do vulcão), e jogou um monte de pequenas pedrinhas pegando fogo na cidade, o que destruiu a cidade, e matou quem tinha sobrado. Só depois disso a cidade foi coberta pela lava.
A cidade de Pompéia era litorânea, e depois da erupção os muros da cidade ficaram mais de 10Km longe do mar, e vários metros abaixo da superfície. A cidade foi encontrada 1600 anos depois, quando se estava fazendo uma escavação para a construção de uma estrada. Depois de muitos e muitos anos de trabalho, a cidade ainda não foi completamente escavada, e se calcula que deve demorar mais uns 150 anos para terminar todo o trabalho. Isso sim que é explosão de vulcão, senhoras e senhores.
Aqui viviam os gladiadores. Na noite da nossa visita, choveu e isso desmoronou. Nós fomos os últimos a ver a casa deles, 2000 anos depois.. |
O anfiteatro. Criancinhas estavam se apresentando lá, e a acústica era sensacional. |
O bebedouro deles. Servia para lavar roupa, e tudo mais. Era de onde vinha a água. |
Essas pedras serviam para as pessoas não pisarem no chão sujo quando atravessassem a rua. Que limpeza (ou que sujeira no chão, lembrando que o cocô de todo mundo ia para a rua...) |
A urbanização da cidade com certeza era melhor do que a nossa. |
Esse era o comércio grande, na esquina movimentada. Adivinhem só: a porta era de correr!! sensacional. |
A praça principal |
A expressão de dor dos escravos morrendo. Do mau. |
Sabe o que estava escrito? Cuidado, cão bravo. |
Esse era o cão bravo, no último segundinho de vida dele. |
O relógio de sol ficou intacto! |
A cidade tem muita história e muita coisa interessante, mas eu acho que não vale ficar contando tudo por aqui. Vocês todos deviam ir para Pompéia e fazer uma visita guiada para ver, e perceber que muito da cultura romana está nos nossos costumes até hoje, muita coisa mesmo.
Saindo do sítio arqueológico, fomos para Nápoli, que fica a pouco mais de 20Km de distância. Fomos direto para o Albergue, e depois de uma pequena confusão de quem ficava em qual quarto, pegamos um quarto para 8 pessoas, grandão e com banheiro só pra gente. Sucesso!
Depois de instalados, nós fomos para um restaurante que os organizadores tinham escolhido para a gente. O jantar estava incluso no preço da viagem, e nós comemos uma pizza, e uma taça de vinho. A pizza era uma marguerita enorme, e aqui é assim: cada um come a sua pizza, e é uma pizza inteira e enorme, e é feio deixar sobrar. Logo, mandei ver na pizzona, fui feliz, e fiquei uns quilinhos mais gorda...
A noite, fizemos um boteilón (o famoso esquenta) no albergue, mas nós ficamos um pouco deslocados da piriguetada espanhola/polonesa e ficamos no cantinho, ouvindo o Dragoni tocar violão. Lá para as 3, nós fomos durmir, afinal, amanhã temos que acordar cedinho, porque vamos fazer uma visita guiada por Napoli com o mesmo guia de Pompéia, e não dá para atrasar.
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Nosso quarto, e um violão. |
Primeiro dia da viagem erasmus: sucesso!
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