16.10.2010 – Barcelona
Depois de muita espera e pouco sono, peguei o avião sem maiores problemas. Cheguei em Barcelona, peguei o ônibus esperto que me leva até o centro da cidade e fui para a casa do Isaac. Ele estava me esperando lá, aí eu levei o café da manhã para me desculpar por estar atrasando ele. Eu estava uma morta viva já, sem forças. Acontece que o dia estava lindo, e o céu estava azul de um jeito hipnotizante. Eu não podia mandar mau, me render ao cansaço e durmir.
Então eu saí, peguei o metrô, e fui ver o estádio olímpico e todas as outras construções das olimpíadas de 82. Como eu estava muito mau, tudo aconteceu em uma velocidade diferente, bem mais lenta, para a minha cabeça conseguir acompanhar tudo. Não foi nem melhor e nem pior assim, foi só diferente.
Como o isaac tinha aula e só ia chegar em casa as 8h30, eu fiz um grande passeio por Barcelona, muito maior do que as minhas energias. Vou fazer aqui a foto história, mas vou contar um segredo: pensem que eu durmi em todos os lugares aonde eu tirei foto. Durmi em pé, durmi no banco, durmi na escada, durmi encostada na parede... hahaha, eu estava lamentável, mas foi muito engraçado! Bom, as fotos:
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Mies Van der Rohe |
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Santiago Calatrava |
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Estádio, ê! |
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Mãaae, essa é para você! |
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Velinhos fofinhos, nas cadeiras de barcelona |
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Entrei em um beco muito doido, e vim parar nessa biblioteca! |
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Jardim interno da tal biblioteca |
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O mercado mais colorido que eu já vi |
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Parecia até verão.. |
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Catedral de Barcelona |
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Outro mercado, que era lindo mas estava fechado |
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Arco do triunfo |
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Pessoas felizes no parque. parece que estava quente, mas tava friozão |
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Igreja santa Maria del Pi |
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Depois do show do Messi contra o Real, isso deve valer muitos euros |
Tinha combinado com o Gui Nakata de encontrar ele para ver uma pirâmide humana catalã (!!!), mas eu simplismente não tinha mais forças. Foi uma pena, porque eu fiquei muito curiosa. Ele me disse que umas 300 pessoas de todas as idades participam dessas pirâmides, e que isso é uma parte da cultura catalã. Perdi, mandei muito mau, e vou me arrepender pelo resto da vida por causa disso. Fica a dica: não importa se você está cansado, se existe alguma coisa que você nunca mais vai poder ver ou fazer, deixe o cansaço para outra hora. Agora eu aprendi.
O pior de tudo foi que só o fato de estar em casa, de tomar um banho, de jantar, já me revigorou. Não era nem durmir, era só cuidar de mim um pouquinho para poder continuar. Bom, como eu já tinha perdido mesmo a pirâmide, pedi para o Isaac me levar de novo naquele bar de shots, o bar mais legal de todos os tempos. Fomos, e dessa vez eu tirei fotos. Não preciso repetir que eu ainda não desenvolvi a técnica de tirar boas fotos no escuro, então está tudo uma grande meleca, e eu vou colocar aqui só para ilustrar.
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"Carambaa!!" |
Chegamos em casa, e já era 2h30. Coloquei o meu despertador para as 4h30, porque as 5h30 eu tinha que estar dentro do ônibus para ir para o aeroporto. Dessa vez eu peguei o ônibus que ia para o terminal certo, mas coloquei o pé no aeroporto bem na hora que os autofalantes anunciaram a última chamada para o meu vôo. Corri.
Corri para carimbarem que viram o meu passaporte, corri para chegar até a revista. Lá, implicaram comigo, e me fizeram tirar até a bota, colocar o pé aqui e lá e tudo aquilo que eu não tive que fazer das outras vezes. Tudo bem, corri.
Corri, de meias, pelo aeroporto. Estava com a mochila nas costas, e dois casacos, um cachecol e um par de botas na mão. Cheguei no portão, eles estavam fechando e eu vim gritando de longe “nãaaaaaaaaaao!!!!”. Eles me esperaram, e viram o meu visto. Um cara implicou com o tamanho da minha mala, e me fez colocar ela em uma caixinha, e ficou brigando comigo que eu empurrei a mala para ela entrar (detalhe, eu estava descalça, morrendo de frio, e tinha jogado todos os meus casacos e a minha bota no chão para poder colocar a minha mala na maldita caixinha). Bom, era inegável que ela cabia na caixinha, então eu podia entrar, mas aí a moça implicou com o meu passaporte. Depois de revisar tudo, ela deixou eu entrar. Corri.
Corri para dentro do avião, esbaforida, a única pessoa do mundo de regata e descalça, no frio, as 6 da manhã. Pelo menos eu não durmi duas noites seguidas no aeroporto, e não perdi o avião. Emoção!
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