11.10.2010 – Porto
Saí de casa lá pelas 10 com o Fábio, procurar o mercado de porto. Não encontramos, mas era próximo da casa da música. O Gui Nakata chegou de Barcelona e foi direto encontrar a gente lá na Casa da Música, e lá ficamos muito muito muito tempo, sendo felizes.
Tinha muitos mais pombos do que isso... |
Mercadão |
Dessa vez a bateria da máquina estava carregada, e as pilhas reservas também! Arrasei, e tirei quase 100 fotos da casa da música. Foi muito legal porque ela estava meio vazia, e nós fomos desbravando o prédio, e entrando em lugares proibidos e tal. Ninguém nos dizia nada, a gente só ia entrando, e cada vez descobríamos alguma coisa nova.
Perdão aos que não gostam do Kolhaas, aos que dizem que o prédio não tem nada a ver com o entorno, não tem nada a ver com a cultura Portuguesa e blablablá. Agora eu quero a minha licença para meter a boca no trombone:
Eu achei o prédio demais e acho uma grande balela ficar reclamando que ele não tem nada a ver. Viver em Roma me fez pensar um pouco nisso, me fez admirar a admiração dos europeus pelo seu passado, mas me fez ter uma raivinha do descaso com o presente. Será mesmo que toda a arquitetura boa, toda a tecnologia boa , é aquela de 500, 300 anos atrás! Porra, e eu? E a minha geração? Porque a arquitetura contemporânea não é tão boa, porque ela briga com o antigo?
Poxa, é tudo cultura sabe. Não tem essa de que as culturas de épocas diferentes não podem se misturar, ou que uma manifestação contemporânea não pode estar ao lado de uma antiga. Nós somos uma grande mistureba, o resultado daquilo que foi o nosso passado, e a cidade reflete isso também. Não é que o kolhaas colocou um arranha-céu no meio de uma vila indígena. Não é que o prédio é uma meleca. Não é que ele fica piscando luzinhas coloridas como motel de estrada. O prédio é lindo, tem tudo a ver com a música, provoca um monte de sensações, atiça a curiosidade, mostra muitas cores, formas, texturas e percursos diferentes; ele usa soluções inovadoras, instigantes, e inteligentes.
Eu não curto arquitetura de espetáculo, que não tem nada a ver (tipo aquele prédio estranho do Jean Nouvel em Barcelona, que eu nem mencionei aqui no blog). Mas eu gosto muito de uma arquitetura muito ousada, cheia de tecnologia, inteligente. O kolhaas tem tudo isso, o cara é ousado, inteligente, estudou muito, e não tá nem aí para os chatos que dizem que a arquitetura dele destruiu a cidade. É isso aí, assino embaixo! Pronto, falei, ufa.
Eis o interior da Casa da Música:
Saindo da Casa da Música, fomos passear por todos os pontos turísticos do centro histórico de Porto. O centro é lindão, charmosão, cheio de prédios antigos, árvores, e praças lindas. Qualquer lugar que eu apontasse a câmera, ia dar uma foto linda. Então, do centro de Porto, melhor mostrar fotos do que ficar falando:
O Pelourinho, do lado da Igreja da Sé! Mas que confusão geográfica... |
Saindo da Igreja da Sé, nós fomos para a ponte mais famosa de Porto, a ponte Luis I. Ela foi feita por Gustavo Eiffel, sim, o mesmo da torre em Paris. O cara mandava bem na estrutura metálica e usou umas soluções de encaixes e suportes que me fez lembrar de PEF, e me fez pensar que a Maricy teria sacado tudo só de olhar, mas que eu precisava sentar lá por umas horas e pensar muito muito até entender o porquê de cada viguinha. Bom, eu não tinha esse tempo, então tirei umas fotinhos e fui para o que interessa: comer bacalhau!
Ponte Luis I |
Nós sentamos em um restaurantezinho ali do lado da ponte iluminada, acho que no lugar mais turístico da cidade. Comemos bolinho de bacalhau, pão, queijo, azeitonas e cerveja. Foi um arraso!
Quando chegamos em casa, uma surpresa me esperava: a Lara! Putz, que felicidade ver a Lara, toda bonitona, em seu habitat natual! Ela trouxe queijo, pão e vinho, e lá fui eu comer mais um pouquinho...
A gente decidiu sair para uma festa da engenharia, tipo um HH. Mas quando chegamos lá, tinha acabado, aí fomos para a arquitetura, no HH deles! Putz, foi muito legal! De novo tava o maior frio, mas eles tinham um cantinho especial de HH que era muito bom. Era igualzinho ao brasil, me senti em casa, exceto por não conhecer ninguém. Mas eles arrasaram porque tinha castanhas de graça! Não preciso nem dizer que fiquei bêbada de castanhas....
Comi até explodir aquelas castanhas quentinhas, gostosinhas huuum, delícia. Depois, tinha sanduíche de churrasco (churrasco de frango...droga.) de graça! Comi maaais um pouquinho, e depois voltei para casa com o maior peso na consciência, uns 3 Kg mais gorda, e felizona.
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