MEGA VIAGEM, DIA 6: PORTO

10.10.2010 – Porto

Acordei cedo para pegar o avião em Barcelona. Queria só deixar registrado como é  fácil andar por Barcelona. Eu peguei um ônibus perto da casa do Isaac que me levou até o aeroporto, sem problema nenhum. Chegando lá, eu descobri que o terminal estava errado, mas tudo bem! Tinha um ônibus preparado para os burrinhos como eu, que levava de um terminal ao outro sem demorar muito, tudo muito organizado. Lá, todo mundo era atencioso e falava em inglês comigo, me dando todas as informações possíveis. Em cada cantinho, tinha alguém esperando para dar informação  caso eu me perdesse novamente. Eles mandaram muito bem!

Peguei o avião, e fui para Porto. Cheguei lá ainda pela manhã, e achei engraçadinho que tem fuso horário de Barcelona para Porto, mas não tem de Barcelona para Roma. O aeroporto de Porto é muito charmoso, moderno, limpinho, e também cheio de pessoas prontas para dar um montão de informações, dessa vez em português! Logo de cara, eu vi a coisa que mais me impressionou em Portugal, de longe. O metrô!

metrô!

Primeiro, nota 10 porque o metrô estava dentro do aeroporto, e de lá era possível ir para qualquer lugar da cidade. Mas, nota 100 para o fato do metrô não ter catraca! Eles confiam nos cidadãos, no fato deles saberem que é preciso pagar por um serviço bom, e que por isso não é preciso de catraca! As estações (reparei em todas do aeroporto até a estação da Lu, e eram muitas) ficavam estupidamente mais bonitas sem as catracas, porque não tinha problemas de “pode passar por aqui”, “não pode passar por ali” e tal. Elas eram limpas e simples. E, para completar a minha felicidade, a PV do metrô era muito boa!

Chegando na estação perto da casa da Lu, liguei para ela e ela foi me buscar. Deixamos as coisas em casa e eu fui para a faculdade de Belas Artes com ela, bandeijar! O bandeijão era super gostoso e a faculdade de Belas Artes era linda, com estátuas e jardinzinhos por todos os lados. Ficou bem claro que a faculdade é de Belas Artes meeeesmo, não tem quase nada moderno e contemporâneo por lá, mas mesmo assim os caras arrasam na técnica, e eu tenho certeza que a Lu vai aprender muita coisa lá.

Como ela tinha aula, eu fui sozinha para a Casa da Música, porque eu já não me aguentava de vontade de ver ao vivo uma obra do Kolhaas. A casa da música também é do lado do metrô, e eu não tive nenhum problema para chegar lá. Fiquei babando no edifício, e reparei no montão de skatistas que tinha lá. Fiquei felizona, tirando fotos, quando pãaa, acabou a bateria! Quando eu estava triste, a Lu apareceu, de repente! Aí, nós fomos para a faculdade de arquitetura, do semi-deus-em-portugal Álvaro Siza.

A faculdade era bem legal, pena que eu não tirei fotos. O estranho é que são 5 prédios diferentes, um para cada ano, e meio que parece que os anos não se relacionam. O legal é que lá tem um estúdio que não fecha nunca nunca, e os alunos usam ele para virar as noites maquetando e projetando. É muito legal porque lá tem mais recursos, especialmente para fazer maquetes.

Vi a exposição dos trabalhos de todas as matérias, de todos os anos. E fiquei de queixo caído, principalmente com os dois primeiros anos. Lá, é proibido usar o CAD nos dois primeiros anos, e eles fazem tudo à mão. Leia-se: eles fazem cortes perspectivados à mão livre sensacionais, desenhos técnicos de cair o queixo, maquetes que com certeza ocuparam noites e mais noites de felicidade deles. Desenhos de frutas, nu, nas mais variadas técnicas, todos impecáveis. 

Eu descobri que em Portugal os alunos estudam sem parar, mesmo, e são obcecados pela perfeição. Ver tudo aquilo dá a maior invejinha, uma vergonha de não ter me esforçado tanto quanto eles e ter ido para a balada ao ivés de fazer uma maquete.. enfim.

Do terceiro ano em diante, eles usam CAD e fazem mais projetos como nós. Aí acho que é tudo muito parecido mesmo. Se eu tivesse em Porto, morreria de medo de fazer matérias com os bixos, eu ia ser humilhada naquele lugar!

Lu contra 20 Laras, no frio do capeta

Voltamos para casa, e eu fui no treino de hand da Lu! Meu deus! Handebol! Que saudade! Eu via a Lu treinando com umas 20 Laras, e tinha pena dela. Mas tinha inveja também, queria estar lá apanhando e batendo no maior frio já registrado pelo meu corpinho... Tirei uma fotos que não ficou boa, mas serve para ilustrar, e tá aí do lado..

Saindo do treino, tava um frio do CAPETA! Mas, mesmo assim, a gente foi tomar uma cerveja em um barzinho simpático do centro. Mas não deu para se prolongar muito mais do que isso não, depois, cama.